Erva Mate: Amargo benefício à saúde.

A erva mate (Ilex paraguariensis) recebeu este nome em 1820 pelo botânico francês Auguste de Saint-Hilaire após entrar em contato com a planta pela primeira vez através dos índios guaranis no Paraguai. No Brasil e países vizinhos a erva mate é também conhecida como congonha. A planta pertence à família das aquifoliáceas, muito consumida nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná como chimarrão, e nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais é consumida principalmente como chá quente ou gelado. A erva mate é bastante apreciada nos países como Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile e Bolívia.

A erva mate, além do uso tradicional do chimarrão, tererê e chás, também é utilizada em sorvetes, balas, bombons e caramelos, chicletes e gomas, medicamentos, produtos de higiene, cosméticos e produtos de despoluição ambiental.

Na composição da erva mate encontram-se alcaloides como a cafeína, teofilína e teobromina; taninos, vitaminas A, B1, B2, C e E, minerais como alumínio, cálcio, fósforo, ferro, magnésio, manganês e potássio, proteínas, frutose, glucose, rafinose e sacarose (glicideos), óleos essenciais, fibras e muito mais.

A partir de seus componentes, é possível concluir que a erva mate apresenta propriedades estimulantes do sistema nervoso central atribuídos ao seu teor de metilxantinas. As metilxantinas são metabólitos secundários, derivados do nucleotídeo purina e conhecidos como alcaloides purínicos. A mais abundante na natureza é a cafeína, seguido pela teofilina e teobromina. Em doses pequenas, elas são consumidas principalmente na forma de infusões de café, chá cola, erva mate, guaraná e cacau, com o intuito de aumentar a vivacidade mental e vigília, reduzir a fadiga e produzir diurese.

A erva mate é também conhecida por conter compostos com propriedades antioxidantes, tais como ácidos fenólicos e taninos. A atividade dos compostos fenólicos, devida principalmente às suas propriedades de óxido-redução, pode absorver e neutralizar radicais livres, quelando o oxigênio singlete e triplete ou decompondo peróxidos. Um estudo sugere que o extrato presente na erva-mate pode reduzir estresse oxidativo, que aumenta o risco de danos ao fígado e coração. Ele também reduz o estresse nitrosativo que podem causar danos no ADN, morte celular e peroxidação lipídica. Em comparação com o chá erva-mate é mais eficaz na prevenção de citotoxicidade associada a doenças do coração de restrição de fluxo sanguíneo, tais como acidente vascular cerebral, etc.

Outros efeitos da erva mate têm sido relatados para explicar seu uso popular como:

*Hematoprotetora - Tem como benefícios proteger os rins;

* Colerético - aumentam a quantidade de bile secretada pelo fígado que fica armazenada na vesícula biliar, até que a passagem dos alimentos provoque o seu esvaziamento para o intestino. Aumentando a produção de bile, as plantas coleréticas descongestionam o fígado favorecendo a digestão;

* Diurético - eleva fortemente a taxa de excreção pela urina (diurese), diminuindo inchaços e acúmulo de líquidos;

* Hipocolesterolemico - Um estudo realizado pela Universidade de Illinois (Estados Unidos), foi demonstrado que o consumo do mate aumenta a quantidade de colesterol bom. Este tipo de colesterol, também conhecido como HDL, previne ataques cardíacos;

* Antireumático - Previne e/ou combate o reumatismo;

* Antitrombótico - Previne a formação de coágulos;

*Anti-inflamatório - Os flavonoides encontrados na erva-mate podem ser benéficos para reduzir as inflamações. Esta propriedade anti-inflamatória faz com que esta planta seja benéfica para reduzir o risco de doença crônica e, portanto, melhorar a saúde geral;

* Perda de peso - Pesquisas indicaram que o mate possui eficácia para reduzir o peso e a obesidade. Os efeitos da perda de peso de erva-mate são atribuídos ao aumento da oxidação da gordura, diminuição do esvaziamento gástrico e aumento da sensação de saciedade.

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