Envelhecer com o cérebro ativo. Sim, é possível!

Em outro artigos já relatei os diversos benefícios que o consumo de ômega 3 nos oferece. Hoje, quero falar especificamente sobre o que ele proporciona quando consumidos ao longo da vida, para o combate de doenças que aparecem quando ficamos idosos, como, demência, Alzheimer e Parkinson.

Estima-se que nas próximas décadas, devido ao aumento da expectativa de vida, a doença de Alzheimer, principal doença desencadeadora da demência, acometerá 65 milhões de pessoas em todo o mundo. Desta maneira, todas os métodos de combater esta enfermidade são importantes e o uso do ômega 3 tem ganho um bom destaque no meio científico. Sabe-se que, indivíduos que consomem alimentos fontes de ômega 3 possuem menor probabilidade de desenvolver a doença e maior probabilidade de minimizar os sintomas desta.

Sabe-se que, o ômega 3, ácido eicosapentaenoico (EPA) e o docosahexaenóico (DHA) são nutrientes importantes na constituição das membranas cerebrais, fluidez da membrana, sendo o DHA o maior sintetizado pelo organismo através da ingestão de ômega 3 alfa-linolênico.

Pacientes com Doença de Alzheimer apresentam baixas concentrações plasmáticas e cerebrais de DHA, o que predispõe lesões na membrana do cérebro (TASLONE et al., 2008).

Além da doença de Alzheimer, a compilação dos estudos clínicos experimentais evidencia a relação entre a suplementação de EPA e a melhora dos sintomas da esquizofrenia. Por conseguinte, sugere-se que pessoas com esquizofrenia sejam encorajados a consumirem alimentos ricos em EPA e, caso a quantidade não seja suficiente pela ingestão de dieta, pode-se recomendar o uso de suplementação.

O uso do ômega 3 também tem sido pesquisado e, com resultados benéficos para outros tipos de desordens neurológicas. O consumo de ácidos polinsaturados pode reduzir sintomas de transtornos de humor, pois os lipídios são essenciais para a função e estrutura normal do cérebro. A elevada razão dos ácidos graxos das séries ômega 3 e 6 tem sido relacionadas com o aumento do incidência de desordens psiquiátricas. Essas mudanças na dieta é considerada como um fator relevante na deficiência de fosfolipídios. Fosfolipídios compostos por ácidos graxos da série ômega 3 e ômega 6 têm uma importante função na tradução dos sinais nervosos, na integridade da membrana celular e na sua fluidez. O balanço correto desses ácidos nos fosfolipídios é essencial para o funcionamento normal, e o rompimento desse balanço pode desencadear depressão.

Podemos observar a importância do consumo de ômega 3 como efeito protetor na doença de Alzheimer em alguns artigos científicos postados nos últimos anos: (MORRIS et al., 2003; MORRIS et al., 2005; LIMET et al., 2005; SCHAEFER et al., 2006; LEVI et al., 2006; GATEAU; LETENNEUR, 2007; CHIU et al., 2008; DEVORE et al., 200; KROGER et al., 2009; QUINN et al., 2010 e SCARMEAS et al., 2012).

Em um estudo realizado em 2013 com 815 pessoas com idade entre 65 a 94 anos durante 3 a 9 anos, verificou-se 131 casos desencadeados de Doença de Alzheimer e que a ingestão semanal de peixe reduziu em 60% os casos de desenvolvimento da doença de Alzheimer. Outros pesquisadores (SCARMEAS et al., 2006 e SCAMEAS et al., 2009) afirmam que uma alimentação enriquecida com ômega 3 pode reduzir em 40% o risco de desenvolver Doença de Alzheimer e em 20 a 30% o risco de desencadear a demência.

Diante disso, indivíduos que consomem alimentos fontes de ômega 3 possuem menor probabilidade de desenvolver a doença de Alzheimer e maior probabilidade de minimizar os sintomas da doença.

Algumas Fontes ricas em ômega 3: Sardinha, arenque, salmão, atum, sementes de chia, sementes de linhaça, nozes, óleos vegetais (de semente de linho, canola e soja), ovos, semente de cânhamo, couve-flor, couve de bruxelas, beldroega e óleo de perila.

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