Cúrcuma: imunidade forte e alívio das dores
- Dra. Renata Bolzan
- 28 de jun. de 2017
- 3 min de leitura

Originária do sudeste da Ásia, mais precisamente das encostas de morros das florestas tropicais da Índia, a planta é do tipo herbácea e perene. Introduzida no Brasil, é cultivada ou encontrada como subespontânea em vários estados.
A Curcuma longa L. é usada há muitos anos. Seu uso na Índia e datada cerca de 4.000 a.C. na China foi mencionada no século VII, nos países Árabes no século X e introduzida na Europa no século XIII. Inicialmente era apreciada por seu valor alimentício com propriedades similares ao gengibre, posteriormente ganhou espaço por suas propriedades etnomedicinais que incluem: atividade hepática, gastroprotetora, anti-inflamatória, antimicrobiana, hipolipemiante, hipoglicemiante, antiagregante, dermatológica, oftalmológica, antioxidante, em oncologia, no sistema respiratório, no sistema digestório e no sistema nervoso central.
A cúrcuma é conhecida no mercado internacional como "turmeric", tem sua importância econômica devida às suas peculiares características de seus rizomas.
As partes utilizadas são os rizomas (Radix domestica), raízes tuberosas (longa e rotonda), aromáticas, cerosas e amareladas por fora e alaranjadas por dentro. A sua designação comum é Açafrão-da-Índia mas também aparece designada por açafrão da terra, açafroa, gengibre amarelo, curcuma ou turmérico do nome comum inglês.

A cúrcuma é um pigmento amarelo, caracterizado como principal componente ativo do rizoma seco da planta, uma raiz pertencente a família do gengibre (Zingiberaceae). A curcumina, contém fitonutrientes antioxidantes potentes, denominados curcuminóides (curcumina, demetoxicurcumina e bisdemetoxicurcumina), que atuam nas vias inflamatórias e antioxidantes. a cúrcuma contém, ainda, em sua composição óleos essenciais (compostos principais: turmerona e cetonas aromáticas). É disponível em forma de corante alimentício e suplementação nutricional.
Na culinária
A raiz é consumida crua no sul da Índia. É usada em feijões, grão, molhos picantes, maionese e outros alimentos. Usada em pequenas quantidades, age como um colorau amarelo na comida. Cozinhar utilizando a cúrcuma junto com outros alimentos ajuda na digestão de gorduras e proteínas. além de preservar os alimentos por mais tempo.
Benefícios à saúde
O consumo da cúrcuma tem apresentado benefícios apontados pela ciência recentemente, entre eles se destacam:
É um agente anti-séptico e antibacteriano, muito utilizado na desinfecção de cortes e queimaduras (aplicação do pó ou emplastros sobre o ferimento);
Pode prevenir o melanoma, que é causado por células de melanoma existentes que morrem;
Reduz o risco de leucemia infantil (recomendado o consumo da cúrcuma acima dos 4 anos de idade);
É um desintoxicante natural do fígado;
Pode prevenir metástases em diferentes tipos de cânceres;
Poderoso anti-inflamatório;
É um analgésico natural;
Usado na medicina chinesa no tratamento da depressão;
Tratamentos de processos inflamatórios como a artrite e a artrose;
Aumenta os efeitos benéficos da quimioterapia e reduz os efeitos secundários;
Efeitos benéficos no tratamento de câncer de pâncreas;
Acelera a cicatrização;
Pode ajudar no tratamento de psoríase e outras condições inflamatórias da pele.
Suplementação Nutricional com Cúrcuma
A suplementação de Curcuma longa L. abrange somente formas de uso oral (infusão, decocção (fervura de partes da planta por alguns minutos), tintura, alcoolatura (maceração da planta em álcool) e extrato), considerada segura quando administrada de forma adequada, sob a forma de cápsulas, extratos fenólicos ou gotas, não estando associada a efeitos colaterais significativos, embora possa desencadear dor estomacal, náuseas, tonturas ou diarreia quando consumida em altas doses.
A cúrcuma é contra-indicada na gravidez, devido ao seu estimulador do útero e nas crianças menores de 4 anos de idade. deve ser evitada nos casos de cálculos biliares ou obstrução do ducto biliar, com efeitos negativos sobre intercorrências na vesícula.
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