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Edulcorantes: Doce ou Veneno?

  • Dra. Renata Bolzan
  • 14 de jul. de 2017
  • 9 min de leitura

De acordo com a ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária, edulcorantes são substâncias naturais ou artificiais, diferentes dos açúcares, que conferem sabor doce aos alimentos. Dentre os aditivos edulcorantes mais conhecidos estão o aspartame, a sacarina e o ciclamato, comumente utilizados em adoçantes artificiais ou em refrigerantes light ou diet.

Os tipos de edulcorantes atualmente permitidos no Brasil para comercialização são: sorbitol, manitol, isomaltitol, maltitiol, lactitol, xilitol e eritritol como edulcorantes calóricos e sacarina, ciclamato, aspartame, acessulfame K, sucralose, esteviosídeo, neotame e taumatina como não calóricos (ANVISA, 2008).



Vamos conhecer os benefícios e malefícios que adoçante um pode apresentar!!



ARTIFICIAIS


Aspartame

Com poder adoçante 200 vezes superior ao da sacarose, o aspartame é comercialmente conhecido como "Equal", (N-L-alfa-aspartil-L-fenilalanina-1-metil-éster), um dipeptídeo esterificado SINTÉTICO, composto pelos aminoácidos ácido aspártico e fenilalanina.

A sacarose apresenta forte sensação doce, semelhante a da sacarina e desprovida de sabor residual amargo.

Pode ser encontrado em pó ou líquido, mas sua forma em pó é mais estável. Possui amplo uso em confeitaria, bebidas, sobremesas, entre outros.

Nos últimos anos o produto aspartame foi alvo de ataques sobre sua inocuidade em relação a aspectos toxicológicos. Um dos resultados do excesso de aspartame no metabolismo é a liberação do ácido metanóico no sangue, uma substância altamente tóxica e que está presente até em venenos para formigas. Outro componente prejudicial à saúde é o ácido aspártico, que causa morte de células e é especialmente danoso para crianças – pois nesta fase o cérebro ainda não possui uma barreira protetora plenamente desenvolvida.Além destes dois componentes, o aspartame também libera fenilalanina, que em alta concentração no cérebro pode abaixar o nível de serotonina levando a desordens como depressão, esquizofrenia, dor de cabeça e aumentar o risco de infarto.

Existe uma restrição ao uso do aspartame, pessoas portadoras da fenilcetonúria (PKU), mal congênito raro, caracterizado pela ausência de uma enzima que faz o metabolismo da fenilalanina, aminoácido presente no edulcorante artificial. Estes indivíduos são incapazes de converter a fenilalanina em tirosina, o que resulta no acúmulo de fenilalanina, potencialmente tóxica para o tecido cerebral.


Acessulfame-K

O acessulfame-K possui, aproximadamente, 125 vezes mais poder adoçante se comparado à sacarose. Possui ainda um sabor residual que se assemelha à glicose. É um adoçante dietético, descoberto em 1967 e que obteve a aprovação da FDA em 1988 para uso em alimentos como doces, bebidas e gomas de mascar. É um sal de potássio sintético obtido a partir de um composto ácido da família do ácido acético.

Este edulcorante é contra indicado para pessoas com deficiências renais que necessitam limitar a ingestão de potássio (K). É permitido para diabéticos. Segundo evidências recentes, o acessulfame-k não é considerado tóxico, nem cancerígeno em animais. Não existem estudos controlados em humanos nem dados sobre o uso desse adoçante durante a lactação. Acessulfame-K não é metabolizado pelo homem e, embora rapidamente absorvido, 99% da dose ingerida é eliminada em 24 horas, pela urina. Por essa razão o seu consumo adiciona muito poucas calorias a nossa alimentação.


Ciclamato

O ciclamato foi descoberto em 1937 por Michael Sveda, aluno de graduação da University of Illinois, Estados Unidos, que casualmente descobriu seu sabor adocicado, 30 vezes mais doce que a sacarose, sem o sabor amargo posterior e residual da sacarina. Foi adicionada como substância segura pelo Food and Drug Administration (FDA) em 1959. Mas foi retirada da lista em 1969. Conforme consta no site do FDA.

O ciclamato de sódio é reprovado pela comunidade científica internacional por estar associado ao desenvolvimento de câncer no trato urinário. A substância já foi proibida em diversos países como Estados Unidos, Inglaterra e Venezuela. No Brasil, o uso do ciclamato de sódio é controlado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e está restrito a concentrações limitadas. Recentemente a ANVISA alterou o limite máximo permitido de ciclamato para 40 mg a 56 mg a cada 100 ml ou 100 gramas.

Há indícios de que seu consumo está relacionado ao surgimento de neoplasias. Por essa razão, seu uso é proibido nos Estados Unidos, Japão e França. Assim como a sacarina, por conter sódio, a atenção no consumo do ciclamato deve ser redobrada em pacientes com disfunção renal e pressão alta.

Outras substâncias como xilitol, sorbitol, glicerol, eritritol, manitol e maltitol não são absorvidos pelo intestino, podendo causar diarreia e flatulência. Seu uso prolongado deve ser evitado.


Sacarina

A Sacarina é um dos mais antigos adoçantes. Descoberto em 1879 por Ira Remsen e Constantine Fahlberg da Universidade Johns Hopkins. Químicamente é uma Imida o-sulfobenzóica, cuja fórmula química é C7H5O3NS · 2H2O. É uma substância artificial derivada do petróleo (tolueno mais ácido cloro-sulfônico). O nome escolhido Sacarina, derivado da palavra latina saccharum, que significava açúcar.É usada como adoçante não-calórico, e na medicina quando é contraindicada a ingestão de açúcar. É trezentas vezes mais doce que a sacarose. A sacarina não é metabolizada, e é excretada sem alterações pelo organismo. Não existe comprovação da sua toxicidade em humanos, apesar de químicos não descartarem a possibilidade do consumo em excesso de sacarina estar ligado a casos de câncer.Em 1884, Fahlberg patenteou nos Estados Unidos e na Alemanha um método de produção em grandes quantidades. Em 1886, Fahlberg iniciou em Nova Iorque a produção de 5 kg de sacarina por dia. Atualmente, a sacarina é muito utilizada como adoçante em refrigerantes de baixo valor calórico.

O perigo da sacarina está em razão do sódio presente na sua composição. Seu uso não é recomendado para crianças, gestantes e pessoas com problemas de retenção de líquidos, insuficiência renal, cálculos renais e perda da densidade óssea.


Sucralose

A sucralose é uma substância sintética utilizada em substituição aos demais adoçantes artificiais com capacidade adoçante aproximadamente 600 vezes maior que a sacarose e é uma molécula derivada desta. Sua produção é feita através de um processo de várias etapas no qual 3 átomos de cloro substituem 3 grupos hidroxilas numa molécula de sacarose.

Há indícios de que a sucralose se torna especialmente danosa ao organismo quando aquecida. Uma recente pesquisa realizada na Unicamp aponta que a queima de moléculas de sucralose em 90ºC por ao menos 15 minutos libera substâncias tóxicas e cumulativas com potencial cancerígeno.

Este adoçante extremamente popular foi já identificado como tendo potenciais propriedades cancerígenas e promotoras de diabetes. Por exemplo, pesquisas preliminares em animais Indica que seja uma causa da leucemia. O que motivou o Centro para a Ciência no Interesse Público (sigla CSPI, Washington, EUA), em 2016 rebaixou sua classificação de segurança de “Seguro” para “Cuidado”. Outro estudo mostrou ainda que a sucralose pode ser um gatilho para a enxaqueca. Um dos possíveis mecanismos por trás de sua atividade leucemogênica pode ser devido a que a produção de um dos mais altamente tóxicos compostos artificiais do mundo – dioxina – quando aquecidos. Também foi proposto que a Sucralose esteja por atrás de um pequeno aumento global na doença inflamatória intestinal, mais particularmente evidente no Canadá. Considerando-se a íntima relação entre o “cérebro entérico” (o microbioma intestinal) e o sistema nervoso central, esta conexão pode revelar até então não reconhecidas consequências neurológicas e de alteração de comportamento do uso desse adoçante artificial.




NATURAIS


Stevia


A stevia, de nome científico Stevia rebaudiana, é um pequeno arbusto perene originária do Paraguai, pertencente à família dos crisântemos. Conhecida e utilizada pelos índios brasileiros há séculos, é uma planta medicinal com uma enorme capacidade adoçante, pois as suas folhas possuem uma substância trezentas vezes mais doce que a sacarose.

As vantagens deste adoçante pode ver as pessoas que são diabéticas, pois ele funciona como uma excelente alternativa para o açúcar. Algumas das vantagens comumente visto dele são apresentados: Ajuda a baixar a pressão arterial elevada. Auxilia no tratamento de casos de obesidade, uma vez que ajuda a reduzir drasticamente a quantidade de açúcar consumido. Diz-se também para melhorar um indivíduo de tolerância à glicose.

O extrato de stevia utilizado em sua forma natural como adoçante, é incapaz de causar efeitos colaterais graves. No entanto, se o adoçante a base de stevia for industrializado e composto por grande quantidade de conservantes, boa parte dos benefícios e propriedades que a planta é capaz de proporcionar ao organismo, são perdidos.


Frutose


A Frutose ou levulose, também conhecida como açúcar das frutas, é um monossacarídeo (C6H12O6), com os carbonos dispostos em anel, muito encontrado em frutas, cereais, vegetais e mel.

A frutose apenas não pode ser consumida quando o indivíduo não tem as enzimas necessárias para digerir este açúcar que é o que acontece em quem tem frutosemiae que por isso não pode consumir alimentos com frutose e sacarose como fruta, ervilhas, beterraba e outros alimentos adoçados com estes açúcares como bolos e bolachas.

No organismo humano, a frutose é digerida, metabolizada no fígado e convertida em glicose para produção de energia (um grama de frutose produz 16 KJ de energia). A absorção desse monossacarídeo aumenta quando ingerido sob a forma de sacarose ou combinado com a glicose. O excesso de frutose no organismo, contudo, pode causar alterações no metabolismo e potencializar o risco de resistência à insulina, situação na qual esse hormônio não exerce corretamente a sua função, tendo como consequência o aumento do teor de glicemia.


Lactose


Este açúcar, esta presente no leite e derivados. É um hidrato de carbono, mais especificamente um dissacarídeo, que é composto por dois monossacarídeos: a glicose e a galactose.É o único hidrato de carbono do leite e é exclusiva desse alimento porque apenas é produzida nas glândulas mamárias dos mamíferos: no leite humano representa cerca de 7,2% e no leite de vaca cerca de 4,7%. Seu sabor é levemente doce e as leveduras não a fermentam, mas podem ser adaptadas para fazê-lo. Lactobacilos a transformam numa função mista de ácido carboxílico e álcool, que formam o ácido lático.

O aumento nos casos de intolerância à lactose tem levado muita gente a banir a lactose da alimentação. Muitas vezes com o aval médico mesmo sem ocorrência do problema de saúde. É importante salientar que um indivíduo que não faz a ingestão de laticínios também perde todos os benefícios da lactose. Pode acreditar que a mesma tem seu lado bom. Em meio a esse ataque descontrolado contra a lactose, surge também a necessidade de se ter mais informações nesse sentido. A fim de permitir que cada pessoa consiga se orientar e decidir de forma acertada se é necessário ou não aderir a essa restrição alimentar.


Manitol

O manitol, é um açúcar encontrado em frutas e algas marinhas. Tem utilização variada em diferentes áreas. Na fabricação de condensadores eletrolíticos secos, que são usados em rádios, videocassetes e televisores, podendo por isso tais aparelhos serem atacados por insetos, em particular formigas. Em alimentos dietéticos. No fabrico de resinas e plastificantes .Como diurético. Como adoçante. Em diversas doenças. Em um acidente vascular cerebral agudo pode ser usado para diminuir a pressão intracraniana (sua administração nos vasos sanguíneos aumenta a pressão osmótica dos vasos, o que leva passagem de líquido do sistema nervoso para o sistema circulatório, drenando a caixa craniana).

São calóricos: cada grama contém 4 kcal. Mas, por não causarem cáries, têm sido amplamente empregados pela indústria na produção de goma de mascar e balas.

Não produz fermentação no organismo, mas provoca um significativo efeito laxativo quando ingerido em doses elevadas. Quando absorvido pelo organismo estimula a secreção de insulina ao ser parcialmente convertido em glicose, porém não causa hiperglicemia. A OMS estabelece uma dose diária máxima de 50 a 150 mg / kg de peso corpóreo.


Sorbitol

O sorbitol também é um açúcar extraído das frutas. Foi descoberto por um químico francês nos frutos da tramazeira, em 1872. Ocorre naturalmente em grande variedade de frutos e bagas. Atualmente, é produzido comercialmente pela hidrogenação da glicose e está disponível nas formas líquida e em cristais.Tem o poder edulcorante igual ao da sacarose e similar ao da glicose, não sendo aconselhável a pacientes obesos e diabéticos mal controlados. Calórico, fornece 4 Kcal e ao ser absorvido se transforma em frutose no organismo. A frutose é transformada em glicose no fígado, mas como o processo é lento, não altera significativamente a glicemia. Não provoca cáries, não é tóxico e apresenta boa estabilidade. Resiste, sem perder seu potencial adoçante, a processos de aquecimento, evaporação e cozimento.


Xilitol

O edulcorante xilitol, é natural, extraído da xilose. Encontrado nas fibras de muitos vegetais, incluindo milho, framboesa, ameixa, entre outros, e que também pode ser extraído de alguns tipos de cogumelo. É obtido pela hidrogenação catalítica da xilose.O xilitol é tão doce quanto a sacarose, porém é cerca de 40% menos calórico.Trata-se de uma molécula de estrutura aberta, com cinco grupos hidroxila (OH), cada um deles ligado a um átomo de carbono, razão pela qual esse composto é conhecido como poliidroxiálcool acíclico ou pentitol.

O Xilitol tem um índice glicêmico muito baixo, ao contrário do açúcar tradicional e do xarope de milho, os quais contem grande quantidade de frutose, que leva à resistência à insulina e colabora para os problemas metabólicos, quando consumidos em excesso.Enquanto isso, o Xilitol contém frutose zero.

Pesquisas apontam benefícios quanto à redução de infecções de ouvido em crianças e do desenvolvimento do fungo Candida Albicans, àqueles que consomem este açúcar. Isso porque a boca, o nariz e os ouvidos estão todos interligados. Assim, as bactérias que vivem na boca podem causar infecções do ouvido, um problema comum em crianças, e como o Xilitol “mata de fome” algumas destas bactérias, elas não migram para as demais partes do organismo.


Maltodextrina

A maltodextrina é um açúcar natural, resultado da hidrólise do amido ou da fécula. Pode ser definida como um polímero da glicose. Estas moléculas poliméricas são metabolizadas de forma rápida no organismo humano, contribuindo, em indivíduos saudáveis, para um aumento exponencial de insulina (pico de insulina) na corrente sanguínea.

Apresentam-se no mercado de suplementos alimentares frequentemente aditivados de flavorizantes de diversos sabores, como laranja, limão, tangerina, uva, guaraná, açaí e acidulados com ácido cítrico.

Maltodextrina não é indicada para todas as pessoas e possui suas restrições. Se não for corretamente consumida, aliada à dieta e aos exercícios físicos corretos, pode gerar alguns transtornos e efeitos opostos aos que promete.

A maltodextrina pode causar diarreias leves em quem já é propenso a ter problemas intestinais. Diabéticos não devem fazer uso sem antes consultarem um médico para saber se podem ou não consumir o suplemento.

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