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Alimentos Tóxicos - O que estamos comendo?

  • Dra. Renata Bolzan
  • 25 de jun. de 2017
  • 3 min de leitura

Todos Já ouvimos falar sobre nitrato e nitrito. Mas as informações disponíveis são muito contraditórias quando se fala dos seus efeitos maléficos à saúde. É importante compreender como esses alimentos se comportam dentro do organismo quando são ingeridos. A exposição contínua do homem a nitratos e nitritos é preocupante sob o ponto de vista toxicológico, por causa da formação de compostos N-nitrosos (nitrosaminas), indutores do câncer. No trato intestinal, o nitrato pode ser convertido em nitrito pela ação de bactérias redutoras, e este pode ser transformado em nitrosaminas no estômago.Os pesquisadores salientam que o papel das nitrosaminas tem sido bem estudados e que seu papel como um agente cancerígeno foi amplamente documentado. A pesquisa sugere que as alterações celulares, que ocorrem como resultado da exposição às nitrosaminas, são fundamentalmente semelhantes às que ocorrem com o envelhecimento, tais como as doenças de Alzheimer, Parkinson e diabetes melliatus tipo 2. Os pesquisadores afirmam que o aumento nas taxas de prevalência de doenças de Alzheimer, Parkinson e diabetes não podem ser explicadas com base em mutações genéticas. Segundo eles, as nitrosaminas produzem alterações bioquímicas dentro de células e tecidos, sendo concebível que a exposição crônica a baixos níveis de nitritos e nitrosaminas, através de alimentos processados, água e fertilizantes, é responsável pela atual epidemia dessas doenças e as crescentes taxas de mortalidade que lhes estão associadas. Além dos riscos de formação de nitrosaminas, a exposição a nitratos tem sido associada à síndrome de morte infantil súbita. Níveis altos de nitrato nos alimentos ou na água prejudicam o transporte de oxigênio no sangue, especialmente em crianças, em razão da metemeglobinemia, que pode levar à anóxia* e morte. Também tem sido observado prejuízo na função da tireoide, decréscimo na alimentação e interferência no metabolismo das vitaminas A e E.Dados do Instituto Nacional de Câncer - INCA, apontam que o consumo elevado de alimentos contendo nitrato ou ingestão de água, com alta concentração deste íon está relacionado com a incidência de câncer de estômago. No Brasil, a concentração de nitrato para consumo humano não deve exceder os 10 mg/L de acordo com o Conselho Nacional do Meio Ambiente e o Ministério da Saúde.Muitas plantas acumulam nitrato nas raízes e na parte aérea quando a absorção excede as suas necessidades metabólicas. Entre os alimentos consumidos pelo homem, os vegetais representam entre 72 a 94% da ingestão diária de nitrato.O nível de nitratos em vegetais varia de acordo com a espécie e parte do vegetal consumido e pode ser afetado pela época de plantio, intensidade de luz, temperatura, fertilizantes utilizados, armazenamento e métodos de processamento. Os brócolis e as berinjelas, por exemplo, tem normalmente um nível baixo de nitratos, sendo maior em espinafres e no amaranto. Abaixo, alguns exemplos das concentrações médias de nitratos em vegetais e cereais.

Se os resultados obtidos pelos pesquisadores relacionando doenças ao consumo de alimentos contendo nitrato e nitritos, seria necessário um programa de incentivo à redução ou até mesmo a eliminação da utilização de nitritos e nitratos no processamento e conservação de alimentos, bem como redução da sua utilização na agricultura.


Alimentos ricos em nitratos e nitritos: o nitrato e o nitrito não estão presentes apenas nos alimentos derivados de carne, como linguiça, salame, salsicha, presunto, salame e bacon; alguns tipos de queijos, vegetais (muitas vezes em teores muito mais elevados que nas carnes curadas), água e saliva humana também possuem os compostos.


* anóxia: diminuição da quantidade de oxigênio distribuída pelo sangue aos tecidos. Ela resulta da anoxemia, que é uma diminuição da quantidade de oxigênio presente no sangue. A anóxia pode ser causada por insuficiência cardíaca, pneumopatia, anemia, entre outras condições. Na pele e nas mucosas, a anóxia provoca cianose (coloração azulada). Quando a anóxia atinge o cérebro pode se tornar bastante perigosa pois o cérebro não suporta a falta de oxigênio por muito tempo. As consequências vão de perda de memória ao coma, por vezes irreversível, e as sequelas podem ser importantes. Para tratar a anóxia, deve-se identificar sua causa e tratá-la.

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